(Romeu Zema
Foto: Cristiane Mattos)
(Por FRANCO MALHEIRO, Jornal O Tempo)
Depois do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) culpar os governadores pelo aumento do preço dos combustíveis, condicionado ao aumento do ICMS, o governador de Minas Gerais Romeu Zema, sem citar o nome do presidente, na manhã desta sexta-feira (27), usou suas redes sociais para se defender da versão impulsionada por Bolsonaro. “Terceirizar a culpa é repassar a outros aquilo que não consegue resolver”, ressaltou Zema.
“O ICMS do etanol em Minas é o segundo menor do Brasil. O diesel é o terceiro menor. A culpa do aumento dos combustíveis não é do ICMS nem do governo do Estado”, defendeu Zema no Twitter.
Nessa quinta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em pronunciamento a apoiadores na porta do Palácio do Planalto, eximiu de culpa o Governo Federal pelo aumento dos preços e culpou os governadores dos Estados.
“O preço do gás não está caro. Está R$ 45 na origem. Eu zerei imposto federal, cadê os governadores para zerar o estadual? Aí chega a R$ 130 na ponta da linha”, afirmou,
Nesta sexta-feira , em uma série de postagens, o governador alegou que o reajuste do preço final do combustível nos postos é de responsabilidade do Governo Federal .
“O ICMS corresponde a percentual do valor cobrado nos postos, que tem sofrido reajustes constantes da Petrobras, controlada pelo governo Federal. Somente esse ano a Petrobras já subiu em mais de 50% os combustíveis no país”, argumentou.
Zema também aproveitou para criticar a gestão anterior ao seu governo, do petista Fernando Pimentel.
“Minas tem Gestão e governador. Não sou irresponsável de deixar a conta para o próximo, assim como o governo passado fez, quando aumentou despesas mas não teve dinheiro pra pagar, e hoje estamos tendo que honrar as dívidas deixadas, que são muitas, impedindo espaço para cortes”, afirmou
Ao final da publicação, o chefe do Executivo estadual cobrou do Congresso Nacional a aprovação de pautas, que segundo o governador, solucionariam o problema,
“Ao invés de perder tempo com discussões como o aumento do Fundão Eleitoral, Brasília deveria debater a reforma tributária e um novo pacto federativo que permitisse facilitar a redução de impostos. “Terceirizar a culpa é repassar a outros aquilo que não consegue resolver”, concluiu.
(Fonte:otempo.com.br)