(Por João Gabriel Prates)
Na gíria da internet, “flopar” significar algo que não deu o engajamento suficiente, não teve “likes” ou comentários. Assim foi o “golpe de Estado” aguardado para o último 7 de setembro.
O presidente Jair Bolsonaro, a cada dia mais isolado e com popularidade em queda livre, se apega à tábua de salvação que acredita ter: o apoio da horda fiel que ainda o segue, defensora de um Brasil da fantasia, no qual o iluminado líder só não trabalha “porque o STF não deixa”.
A par de qualquer discussão jurídica que possamos fazer, o fato é que fora da democracia, não há salvação. O alvo da vez é o Ministro Alexandre de Moraes, que conduz o chamado “inquérito das fakenews” mas que, na verdade, investiga os tentáculos dessa rede de propagação de notícias falsas, mecanismos de extermínio de reputações, com uso de perfis falsos e robôs, nas redes sociais.
E esta investigação pode chegar (se ainda não chegou) ao filho do presidente, Carlos Bolsonaro, acusado de chefiar o “gabinete do ódio”. Por isso, o inepto do Planalto precisa criar a narrativa de quem eventual implicação de seu filho se dará graças à uma “perseguição política” de Alexandre de Moraes.
Lembrando que as prisões até agora realizadas foram requisitadas pela Polícia Federal, autorizadas pela Procuradoria Geral da República e “apenas” autorizadas por Moraes.
Saindo das manchetes palacianas, o mundo real, aqui fora, arde em desespero: vacinas que não chegam, salário que não sobe, inflação nas alturas, combustível e dólar dispararam e até apagão assusta.
Isso sem falar que a instabilidade provocada pelo “Messias” afugente investidores e descapitaliza o país.
Enquanto isso, o senhor que ocupa o maior posto da nação promove reuniões que desafiam os poderes do Estado, ameaça as instituições e, ainda assim, segue no poder.
Em qualquer país minamente sério, Jair sairia da Paulista algemado. O Congresso precisa acordar: impeachment já!
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